Decidi aproveitar o carácter liberal dos blogs e experimentar a crítica. É algo que sempre me apeteceu fazer. Pronto, vocês não têm culpa nenhuma disso, eu sei, mas quem não quiser, não leia, quero cá saber. Vou-me focar nos discos novos, pelo que, antes de mais, apresento uma lista com os meus 20 discos favoritos. E o passado fica assim arrumado:
1 – Rock Bottom – Robert Wyatt (1974)
2 – Horses – Patti Smith (1975)
3 – Liberty Belle and The Black Diamond Express – Go-Betweens (1986)
4 – Blue – Joni Mitchell (1971)
5 – 16 Lovers Lane – Go-Betweens (1988)
6 – Astral Weeks – Van Morrison (1968)
7 – Colossal Youth – Young Marble Giants (1980)
8 – Gentlemen Take Polaroids – Japan (1980)
9 – Brilliant Trees – David Sylvian (1984)
10 – Marquee Moon – Television (1977)
11 – Closer – Joy Division (1980)
12 – Forever Changes – Love (1967)
13 – Live 1966: The “Royal Albert Hall” Concert – Bob Dylan (1966)
14 – The Village Green Preservation Society – Kinks (1968)
15 – Miss America – Mary Margaret O’Hara (1988)
16 – Hats – Blue Nile (1989)
17 – Crumbling The Antiseptic Beauty – Felt (1982)
18 – Anna Domino – Anna Domino (1986)
19 – Apple Venus Volume I – XTC (1999)
20 – Boxer – National (2007)
1 – Rock Bottom – Robert Wyatt (1974)
2 – Horses – Patti Smith (1975)
3 – Liberty Belle and The Black Diamond Express – Go-Betweens (1986)
4 – Blue – Joni Mitchell (1971)
5 – 16 Lovers Lane – Go-Betweens (1988)
6 – Astral Weeks – Van Morrison (1968)
7 – Colossal Youth – Young Marble Giants (1980)
8 – Gentlemen Take Polaroids – Japan (1980)
9 – Brilliant Trees – David Sylvian (1984)
10 – Marquee Moon – Television (1977)
11 – Closer – Joy Division (1980)
12 – Forever Changes – Love (1967)
13 – Live 1966: The “Royal Albert Hall” Concert – Bob Dylan (1966)
14 – The Village Green Preservation Society – Kinks (1968)
15 – Miss America – Mary Margaret O’Hara (1988)
16 – Hats – Blue Nile (1989)
17 – Crumbling The Antiseptic Beauty – Felt (1982)
18 – Anna Domino – Anna Domino (1986)
19 – Apple Venus Volume I – XTC (1999)
20 – Boxer – National (2007)

Já agora aproveito para falar um pouco do disco n.º 1. Robert Wyatt era o baterista do grupo de rock sinfónico dos anos 60 Soft Machine. Algures no ano de 1974, durante uma festa, bebeu demais e caiu de uma janela de um prédio, o que o tornou paraplégico. Diz a lenda que o disco foi idealizado no período que ele passou no hospital após o acidente, onde, numa mesa ao lado da cama, medrava uma avenca. É uma música que não se parece com nada. Não é pop, não é rock, não é jazz, mas é um pouco de tudo isso. Impossibilitado de tocar bateria virou-se para as teclas, e em boa hora o fez, porque o disco é percorrido por sons de órgão que fazem lembrar ambientes marinhos, tal como a própria capa sugere. O mar que torna o corpo leve e livre das limitações da terra. Letras absurdas (“Not nit not nit no not Nit nit folly bololey Alifi my larder”), melodias angulosas, presentes num disco inclassificável, em termos de género musical, mas pontuável com nota máxima, 10/10.
Sem comentários:
Enviar um comentário