Discos da era moderna

Fui desafiado recentemente, de uma forma que eu prefiro nem descrever, a elaborar uma lista dos meus discos favoritos da era moderna. Definamos era moderna a partir de 2005 (quando comecei a comprar discos, depois de um longo intervalo de abstinência). Ah, e não me desafiem a fazer listas, eu sou maníaco das listas. Faço listas de tudo. Então aqui vai (desta vez só 10):

1 – Boxer – National (2007)
2 – Micah P. Hinson and The Gospel Of Progress (2005)
3 – The Transit Rider – Faun Fables (2006)
4 – The Fitzgerald – Richmond Fontaine (2005)
5 – Armchair Apocrypha – Andrew Bird (2007)
6 – The Bird Of Music – Au Revoir Simone (2007)
7 – The Evangelist – Robert Forster (2008)
8 – Snow Borne Sorrow – Nine Horses (2005)
9 – Silent Shout – Knife (2006)
10 – The Tragic Treasury – Gothic Archies (2006)

Boxer, pelos The National. Este disco, todo ele é bom. De uma ponta a outra. Doze músicas inspiradíssimas que, na sua maioria, não chegam aos 4 minutos, o que é sempre bom. Mensagens directas, sem derivações de qualquer tipo. Não há nenhum ponto fraco. Eu não sou muito de notar nos instrumentos individualmente, tipo, “tas-me a ouvir aquele baixo?”, mas aqui não se pode deixar de notar na bateria. É a bateria que imprime uma batida viva e orgânica a todas, mas todas as músicas, mesmo nas mais calmas. E tanto apetece dançar (Mistaken For Strangers, Brainy, Apartment Story), como viajar no sofá (Slow Show, Racing Like a Pro), como partir em direcção às estrelas (Fake Empire, Squalor Victoria, Ada). Um disco que, quando foi editado, ouvi vezes sem conta, sem me fartar, e que vou guardar para sempre no meu coração de ex-avenca.